sábado, 17 de abril de 2010

“As máquinas dominam as comunicações no mundo moderno. O ambiente lingüístico tem sido recriado artificialmente e o professor e o livro têm sido forçados a se integrarem a esses novos meios de transmissão.” Essas afirmações parecem ter sido feitas hoje, mas foram feitas por Kelly (1969) ao final da década de 60. A atualidade dessa reflexão nos leva a afirmar que o homem está irremediavelmente preso às ferramentas tecnológicas em uma relação dialética entre a adesão e a crítica ao novo. O sistema educacional sempre se viu pressionado pela tecnologia, do livro ao computador, e faz parte de sua história um movimento recorrente de rejeição, inserção e normalização. Quando surge uma nova tecnologia, a primeira atitude é a de desconfiança e de rejeição. Aos poucos, a tecnologia começa a fazer parte das atividades sociais da linguagem e a escola acaba por incorporá-la em suas práticas pedagógicas. Após a inserção, vem o estágio da normalização, definido por Chambers e Bax (2006, p.465) como um estado em que a tecnologia se integra de tal forma às práticas pedagógicas que deixa de ser vista como cura milagrosa ou como algo a ser temido.
A história do livro registra que antes do formato que conhecemos hoje, os textos eram registrados no volumen, um rolo de folhas de papiro. O ato de ler implicava desenrolar o manuscrito e, caso o leitor quisesse retornar a alguma passagem, deveria enrolar o manuscrito até localizar o trecho. Segundo Fisher (2006, p.76), “já no século I a.C., Júlio César havia dobrado uma folha de papiro em “páginas” individuais para enviá-las às tropas no campo de batalha e esse costume acabou levando à criação do códex”. O formato do códex se aproximava ao do livro de hoje. Era feito com pergaminhos, pedaços de peles de animais, geralmente de carneiro, ou com folhas de papiro unidas por uma costura. A escrita nos dois lados da página passa a ser horizontal e as páginas são viradas e não mais enroladas. O fato de poder pousar o livro sobre uma mesa traz conforto ao leitor, pois não é mais necessário ficar com as duas mãos presas ao texto. Outra vantagem do códex são as quatro margens que permitiam ao leitor “inserir glossários, anotações e comentários, de modo que aproximasse o leitor do material escrito” (FISHER, 2006, p.79).
Chartier (1994, p.102) acrescenta outros pontos positivos. Diz ele: É, enfim, inegável que o códex permita uma localização mais fácil e uma manipulação mais agradável do texto: ele torna possível a paginação, o estabelecimento do índex e de correspondências, a comparação de uma passagem com outra, ou ainda o exame do livro em sua integridade pelo leitor que o folheia. A invenção da imprensa por Gutemberg em 1442 foi a primeira grande revolução tecnológica na história da cultura humana, mas a socialização do livro não foi um processo tranqüilo. O livro sofreu os mesmos problemas que hoje são trazidos pela introdução do computador em nossa sociedade. O códex era caro e sua propriedade era privilégio de poucos.
Chartier (1994, p.102) comenta que a adoção do códex foi feita pelos leitores que não pertenciam à elite letrada que “continuava resistentemente fiel aos modelos gregos, logo ao volumen”. Chartier esclarece que esses novos leitores liam textos situados fora do cânone literário, tais como textos escolares, obras técnicas, romances, etc.
O estado e a igreja impunham ao códex a censura, cuja prática foi transferida aos livros e perpetuada ao longo dos séculos. Como lembra Chartier (1999, p. 23), “a cultura escrita é inseparável dos gestos violentos que a reprimem”. Exemplos célebres de repressão à leitura na história da humanidade são fornecidos pela Igreja Católica, e seu índex – a lista de livros proibidos por serem considerados heréticos – durante a inquisição no século 14; pelo regime nazista incinerando livros como descreve belamente Zusak (2007) no romance A menina que roubava livros; e pelos vários regimes totalitários ao longo dos séculos, inclusive a ditadura brasileira instaurada em 1964, que transformou a leitura de algumas obras em caso de polícia.
O livro didático também sofre censura por motivos políticos ou restrições econômicas.
Até 1993 na China, por exemplo, os alunos não tinham acesso aos livros das editoras inglesas tão comuns no Brasil. O material didático impresso era feito com papel de má qualidade e sem ilustrações. Além da questão econômica, havia também censura política que determinava, por exemplo, a necessidade de permissão governamental para utilizar uma antena parabólica e ter acesso à programação em língua estrangeira (PAIVA, 1995).
Hoje é a vez do computador, que apesar de estar dentro das escolas, sofre censura de alguns administradores que impedem o acesso a determinadas páginas, às redes sociais como o Orkut, a salas de bate-papo e mesmo a vídeos do YouTube. No ambiente familiar, se antes os jovens procuravam verbetes sobre sexo em enciclopédias (ver MANGUEL, 1997, p.25), hoje buscam fotos e vídeos às escondidas dos adultos, como se estivessem cometendo algum delito.

As tecnologias no ensino de línguas

No ensino de línguas, os primeiros livros foram às gramáticas. Segundo Kelly (1969), na época medieval, tanto o livro quanto o professor eram propriedade do aluno, mas apenas o professor tinha a posse do livro. A primeira notícia que se tem do uso do livro pelo aprendiz data de 1578, com a publicação de uma gramática do hebraico pelo Cardeal Bellarmine que possibilitava ao aluno estudar sem a ajuda do professor. O conceito de ensino de línguas equivalia ao da oferta de descrições lingüísticas. Aprender uma língua significava aprender a sintaxe dessa língua.
E.M.G
TAPETE LITERÁRIO 2010: LER É APRENDER
Deverá ocorrer uma vez na semana o Momento de Leitura na EMGC envolvendo todos os ALUNOS do Ciclo da Infância, professores, coordenação, direção e pessoal de apoio / biblioteca.
APOSTE NOS LIVROS

"Um país se faz com Educação e livros."
Horário:
*Matutino – de 11h00min às11h35min.
*Vespertino- 16h00min às 16h35min.
Dia da semana: Quarta – feira.
OBJETIVOS:
• Propiciar aos alunos da escola, momentos de leitura, interpretação e produção de texto por meio da orientação do professor de várias disciplinas no desenvolvimento e aprimoramento das capacidades leitoras.
• Estimular e motivar os alunos e os professores para elaboração e execução de projetos de leitura e escrita.
• Criar possibilidades de interação dos alunos e professores com a leitura, através da leitura de livros e /ou textos variados.
• Estimular a interpretação, a criatividade, o pensar, o diálogo.
• Favorecer o acesso do aluno aos diferentes tipos de linguagem.
• Favorecer a interação docente.
• Auxiliar no desenvolvimento da autonomia intelectual.
• Incentivar o uso das tecnologias: TV; vídeo; biblioteca; som e outros.
• Auxiliar na compreensão da leitura e a escrita como práticas sociais.
• Motivar o hábito de leitura e estimular a criatividade dos alunos e professores.
CRONOGRAMA E EXECUÇÃO DA PROPOSTA DE TRABALHO: I Semestre.
Agenda de atividades Atividade (s) temática (s) Recursos.

24/03 O fantástico Mistério de Feiurinha (Pedro Bandeira): realizar um cinema literário. TV, DVD, filme, pipoca ou pirulito.

31/03 Valores Religiosos / A Páscoa: da criação do mundo a ressurreição de Deus.
TV, DVD, filme, livro A Arca de Noé.

07/04 Recital de poemas: Encontro com Cecília Meireles. TV, DVD, filme, pipoca ou pirulito.

14/04 Encontro com Monteiro Lobato: contação de suas histórias e cinema literário / Sítio do pica pau amarelo. Mediador (a) das histórias, DVD, TV, filme.

28/04 Contação da história: A formiguinha e a neve. Professor (a) mediador (a) / contador (a) da história.

05/05 Leitura do conto pelos alunos: João e Maria em Versos. Alunos e alunas mediando à história, ilustração ou dramatização feita pelos alunos.
12/05 Cinema literário: filme animado / Kiriku (lenda). TV, DVD, filme e a história.

19/05 Contação de história: Menina bonita do laço de fita. Professor (a) mediador (a).


26/05 Leitura do conto pelos alunos: O patinho feio. Alunos e alunas mediando à história, ilustração ou dramatização feita pelos alunos.

02/06 Valores ambientais: coral ecológico, recital de poemas Professores mediadores, alunos e pessoal de apoio. Apresentação das atividades produzidas pelos alunos.
09/06 Contação de fábulas / Valores morais. Exposição / galeria de fábulas e narração feitas pelos alunos e professores.
Oficina de Leitura e Produção textual na Prática Escolar.
"Todos nós lemos a nós e ao mundo à nossa volta para vislumbrar o que somos e onde estamos. Lemos para compreender, ou para começar a compreender. Não podemos deixar de ler".
Alberto Manguel.


"O texto é uma máquina preguiçosa, que exige do leitor um renhido trabalho cooperativo para preencher espaços não-ditos que ficaram, por assim dizer, em branco".
Umberto Eco.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Mini projeto de Leitura passo a passo

ESCOLA: ______________________________________________________________________

ALUNO: _______________________________________________________________________


PALAVRAS SÃO SEMENTES.
VENHA LER COM A GENTE.

MATERIAL ELABORADO PARA USO EXCLUSIVO EM SALA DE AULA.


QUERIDO PROFESSOR, QUERIDA PROFESSORA,

A LEITURA É A MAIS BELA AVENTURA DE NOSSAS VIDAS.

AS PALAVRAS SÃO SEMENTES
VAMOS SEMEAR AMOR, ALEGRIA, PAZ, TERNURA.

LER A VIDA PARA RECRIAR O MUNDO
VENHA LER COM A GENTE,

A LEITURA É UM JEITO GOSTOSO DE BRINCAR COM AS PALAVRAS.

ENTRE NESTA FESTA E SEJA FELIZ!





AGORA, ESCOLHA UM LIVRO PARA LER. PODE SER QUALQUER UM, QUEM ESCOLHE É VOCÊ.

ESCOLHEU? QUAL FOI?
VOCÊ PODERIA NOS DIZER O QUE O TÍTULO DO LIVRO LHE SUGERE?
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É UM LIVRO VELHO? OU NOVO? A CAPA É BONITA?
SE VOCÊ NÃO QUISER ESCREVER PODE DESENHAR.
FAÇA COMO QUISER. SÓ NÃO ESQUEÇA DE COLOCAR NESSE DESENHO MUITO CARINHO E PRAZER.
SEJA VOCÊ E FAÇA DO SEU JEITO.

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VAMOS DESCOBRIR A HISTÓRIA DA PESSOA QUE ESCREVEU ESSE LIVRO?

QUEM ESCREVEU ESSE LIVRO QUE VOCÊ ESTÁ LENDO? _________________________________

VOCÊ JÁ OUVIU FALAR SOBRE ELE? _________________________________________________

VOCÊ ACHOU LEGAL O TÍTULO QUE ELE DEU AO LIVRO? _________________________________

SERÁ QUE VOCÊ PODE DAR UMA OLHADA NO NOME DA EDITORA, NO LOCAL E DATA?
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SE POR ACASO ALGUÉM QUISER COMPRAR O LIVRO A GENTE JÁ SABE O NOME DA EDITORA.

ESTE LIVRO É DE LENDAS? _________________________________________________________

POR QUE VOCÊ ESCOLHEU LOGO ESSE LIVRO? ________________________________________


DEDICATÓRIA

VOCÊ SABE, TODO TRABALHO HUMANO GASTA TEMPO E ENERGIA.
ESSE TRABALHO QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO É MUITO IMPORTANTE.
PENSE EM UMA PESSOA QUE SEMPRE LHE DÁ APOIO, CORAGEM E AJUDA... DEDIQUE PARA ELA O SEU RECONHECIMENTO.


PERSONAGENS

CONTE-NOS SOBRE AS PESSOAS, COISAS, OS PERSONAGENS DO LIVRO QUE VOCÊ LEU.
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ESCREVA O NOME DO PERSONAGEM
QUAL O QUE VOCÊ MAIS GOSTOU?
COMO ELE É?
O QUE ELE FAZ?

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REPÓRTER POR UM DIA!
AGORA VAMOS FAZER DE CONTA QUE VOCÊ IRÁ TER A OPORTUNIDADE DE ENTREVISTAR UM PERSONAGEM DA HISTÓRIA.
O QUE VOCÊ PERGUNTARIA A ELE?
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COMO ELE RESPONDERIA? _________________________________________________________
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RECONTE A HISTÓRIA DO SEU JEITO!
AGORA É MINHA VEZ DE INVENTAR CRIAR


SERIA ASSIM
A CAPA DO LIVRO SERIA ASSIM


SOCIALIZANDO A LEITURA

A LEITURA DO LIVRO FOI EMOCIONANTE E VOCÊ QUER MUITO QUE OUTRAS PESSOAS POSSAM TER ACESSO A ESSA LEITURA.
FAÇA UMA CARTA CRIATIVA PARA UM AMIGO (PODE SER AQUELE PAPEL BONITO DE CARTA) E, CONTE SOBRE O LIVRO. SÓ PARA ELE TER UMA IDÉIA. QUEM SABE VOCÊ NÃO O CONVENCE DE COMPRAR O LIVRO.

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AGORA DEIXE AQUI UM BILHETE PARA A (O) SUA (EU) PROFESSOR (A).

CONTE PARA ELE (A) O QUE VOCÊ ACHOU DESSE TRABALHO.
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Informativo Literário da scola Municipal Guilhermina Cabral 2009.

Projeto V Chocolate Literário 2009:“Uma viagem fascinante pelo mundo da leitura e escrita”.



A palavra em pauta
O prazer em apreciar a arte da palavra e o desejo de vislumbrar um espaço especial para a literatura na EMGC são os motes para a criação da Semana Literária, que acontecerá pela quinta vez em outubro de 2009. A Semana, com o fim de possibilitar uma interação entre alunos, professores, pais e toda comunidade a partir da experiência literária, conta com contação de histórias, além de exposições de trabalhos desenvolvidos pelos alunos e professores em oficinas. Durante o período da Semana, a exposição de algumas das produções literárias dos alunos que brotam no dia-a-dia da escola e que até então ficam restritas às salas de aula permite a todos observar as inúmeras lentes com que os alunos interpretam e reproduzem a realidade. São momentos em que olhares, das mais diversas idades, param para compreender as intenções e as sensações sugeridas, valorizando o espírito do artista, que busca, a partir da combinação das palavras, comunicarem seus pensamentos, sensações, intuições e sentimentos.
Venha fazer parte dessa viagem...
Problematização.
Percebe-se que a leitura tem ocupado espaço cada vez menor no cotidiano dos alunos de um modo geral e, especialmente do Ensino Fundamental. Após a realização de diagnóstico na EMGC e na comunidade São joseense, percebemos que, em casa, é muito pobre o material de leitura com que nossos alunos têm contato. Por outro lado, o mundo moderno exige para o mercado de trabalho, funcionários cada vez mais criativos, sendo que atualmente é quase impossível sobreviver na sociedade sem conhecer o código escrito e sem boa leitura, entendido aqui, como sendo um processo de apropriação de diferentes linguagens.
Objetivos
Geral: Fomentar uma cultura de valorização da leitura na escola e na comunidade, desenvolvendo nos alunos do ensino fundamental e na comunidade em geral o gosto pela leitura e sua competência como leitores, por meio de atividades diversificadas.
Específicos:
•Contribuir com o aumento do desempenho dos professores em sala de aula;
•Contribuir com a diminuição da evasão e da repetência, bem como do rendimento dos alunos.



Chocolate literário!!!!!!!!!
O chocolate Literário é uma proposta de leitura discutida e elaborada com toda equipe escolar (alunos, professores, zeladores, merendeiras, porteiros, coordenadores e diretores) da EMGC. É uma experiência vivida por toda a equipe escolar, executada pelos professores do 1º ao 5º Ano do Ensino Fundamental e EJA com atividades literárias diversificadas.
A idéia surgiu da inquietação que nos atormentava em relação à falta de interesse da maioria de nossos alunos pela leitura, por desconhecerem o ato de ler por prazer e com prazer.
Inconformava – nos perceber que tesouro tão valioso fosse esquecido ao longo do caminho. Foi assim que surgiu a idéia do CHOCOLATE LITERÁRIO, com a idéia de prazer, lazer, sabor, que, a partir desse ano, está sendo executado e enriquecido graças ao entusiasmo com que os professores e alunos se lançastes na sua realização e socialização. Esse entusiasmo é contagiante. A leitura pode ser prazerosa e, muitas vezes, representa uma forma de lazer. Sabe-se que o lazer é uma necessidade básica do ser humano, indispensável à sua saúde tanto física quanto mental e não se pode entender lazer dissociado de prazer. E que prazer gostoso é esse de ler um bom livro! Capaz de levar aos alunos ao riso e à tristeza, de tornar-lhes íntimos e velhos conhecidos de seus personagens, de transportar-lhes a outros mundos, de dar vidas aos sonhos.
O livro é uma das formas mais democráticas de lazer. É um prazer simples e espontâneo que se adapta às experiências de cada leitor em cada mandamento.
Entregar ao leitor, no caso, o aluno, um livro do qual ele goste, como qual ele cresça e que preencha as suas expectativas no momento, é tornar a leitura sinônimo de espontaneidade, liberdade e prazer. E é esse o objetivo.
A leitura é um processo contínuo de aprendizagem, ajuda a formar seres pensantes, uma vez que suscita a reflexão. É uma fonte inesgotável de conhecimentos que ajudam a perceber o mundo, propiciando o crescimento interior e oportunizando a vivência das mais diferentes emoções.
A escola, principalmente no Ensino Fundamental,deve atentar um trabalho que objetive o gosto pela leitura. Observa-se que, em relação a filmes, músicas, esportes, cada indivíduo consegue naturalmente formar o seu gosto. Não será porque nada lhe é imposto ou cobrado? Então, porque não fazer o mesmo com a leitura? Parece que a saída é uma só: permitir que o aluno viva as obra literárias livremente, percebendo-as de maneira que melhor lhe aprouver.
Para se obter sucesso no propósito de conquistar leitores em formação, existe uma condição que, se não é a única, é a mais importante: o professor ou qualquer pessoa se propõe a esse trabalho deve ser também um apaixonado pela leitura. Quanto maior for à paixão do professor por livros, tanto mais leitores se formarão em sala de aula. Uma leitura compartilhada, com cumplicidade é irresistível. Participar das leituras dos alunos, incentivando-os, conversando com eles sobre o que estão lendo e sobre suas próprias experiências de leitura, ajudando-as a reconhecer que os livros trazem aventuras, conhecimentos, emoção, diversão e beleza para as suas vidas, é decisão nesse processo. É isso que chamamos de chocolate literário.“Ensinar a criança a ler história é ensinar a ela à mágica de ser”.
Pensando na sistematização do trabalho em sala de aula, por acreditar na necessidade de acompanhamento da leitura, o que não seria possível dentro de um universo tão vasto quanto o de uma biblioteca estruturamos o trabalho denominado CHOCOLATE LITERÁRIO – uma atividade pedagógica com diversas atividades desenvolvidas por meio de oficinas literárias que consiste em colocar os alunos em contato com uma série de livros, que são lidos, vivenciados, experimentados e criticados em grupos, por meio de atividades variadas e divertidas que possibilitam a reflexão e tomada de decisão.
O sucesso deste trabalho dependerá também da colaboração da família, de quem solicitamos a participação no sentido de incentivar os leitores em formação, compartilhando suas leituras.
“Uma viagem fascinante pelo mundo da leitura e escrita” é o tema do V Chocolate Literário realizado neste ano de 2009.
A proposta pedagógica para este tema é levantar a bandeira de que ler é preciso, ressaltando a idéia de que os livros passem a fazer parte da rotina do aluno, não como obrigatoriedade, e sim como livre opção de ler por prazer.

Nossas Oficinas literárias 2009.
1. Linguagens da Matemática.
O objetivo dessa oficina é ampliar a competência leitora e escritora dos alunos, possibilitando contato com diferentes gêneros textuais no ensino e aprendizagem na Matemática.

2. Oficina: Literatura Folclórica.
Objetivo: reconhecer a importância da literatura folclórica na formação de leitores e escritores no ambiente escolar.
Produto final: exposição do material produzido entre alunos, pais e professores da escola; estimular a leitura, produção e edição de folhetos de cordel; exposição sobre conceito e histórico da literatura de cordel; declamação de parlendas, concurso de adivinhas, exposição de quadrinhas e coral c/ cantigas de rodas.
3.Oficina Poesia é Emoção!
Objetivo: desenvolver a sensibilidade nas crianças, adolescentes, jovens e adultos diante de textos poéticos e incentivar o gosto pela leitura e escrita.
Produto final: apresentação do Sarau literário (declamação pelos alunos), exposição de poemas produzidos pelos educandos com ilustrações, acrósticos com as letras dos nomes dos discentes e da escola, exposição do clube de poetas da escola e painel informativo sobre a oficina (objetivo (s), conceitos sobre poemas e poesias, rimas, versos e estofes), exposição de varais literários.
4. Oficina Clássicos da Literatura Infanto Juvenil.
Objetivo: possibilitar que os educandos sejam realmente leitores desses e de outros textos envolvendo os autores das coleções Literatura em minha casa. Para isso, é necessário que o professor seja ele próprio um leitor e faça da sala de aula um lugar de leituras, um espaço para se compartilhar estratégias e mecanismos utilizados, assim como os diferentes sentidos que possam ter os textos.
Produto final: galeria com os personagens dos contos clássicos; apresentação de um festival de fábulas, mural com as biografias dos autores dos clássicos da literatura em minha casa apresentados pelos alunos, dramatização de um conto, confecção do jornal literário, um encontro com Euclides da Cunha e o seu centenário, contação de histórias, apresentação da biografia ilustrada e descritiva de Monteiro Lobato; organização de uma galeria com os personagens do sítio do pica pau amarelo; apresentação de um coral com a música Marmelada de banana; apresentação do croqui do sítio do pica pau amarelo / maquete.

Avaliação e / ou resultados esperados do V Chocolate Literário 2009. Momento show

Rios sem discurso

Quando um rio corta, corta-se de vez
O discurso-rio de água que ele fazia;
Cortado, a água se quebra em pedaços,
Em poços de água, em água paralítica.
Em situação de poço, a água equivale
A uma palavra em situação dicionária:
Isolada, estanque no poço dela mesma,
E porque assim estanque, estancada;
E mais; porque assim estancada, muda,
E muda porque com nenhuma comunica,
Porque cortou-se a sintaxe desse rio,
O fio de água por que ele discorria.
O curso de um rio, seu discurso-rio,
Chega raramente a se reatar de vez;
Um rio precisa de muito fio de água
Para refazer o fio antigo que fez.
Salvo a grandiloqüência de uma cheia
Impondo-lhe interina outra linguagem,
Um rio precisa de muita água em fios
Para que todos os poços se enfrasem:
Se reatando, de um para outro poço,
Em frases curtas, então frase e frase,
Até a sentença-rio do discurso único
Em que se tem voz a seca ele combate.
João Cabral de Melo Neto.
•Formar professores leitores multiplicadores;
•Melhorar o desempenho dos professores em sala de aula;
•Contribuir com o aumento do rendimento dos alunos em sala de aula;
•Contribuir com a diminuição da evasão e da repetência escolar;
•Contribuir com a ampliação do repertório leitor do aluno e do professor;
•Que os objetivos sejam alcançados;
Espera-se que ao final deste projeto, os alunos apresentem um rendimento superior com relação ao diagnóstico observado, que gostem de ler e apliquem os conhecimentos adquiridos no cotidiano.



Era Uma Vez
Era uma vez
Um lugarzinho no meio do nada
Com sabor de chocolate
E cheiro de terra molhada.
Era uma vez
A riqueza contra a simplicidade
Uma mostrando pra outra
Quem dava mais felicidade
Pra gente ser feliz
Tem que cultivar
As nossas amizades
Os amigos de verdade
Pra gente ser feliz
Tem que mergulhar
Na própria fantasia
Na nossa liberdade
REFRÃO
Uma história de amor
De aventura e de magia
Só tem a ver
Quem já foi criança um dia
(2x).



Olha só, gente...

Palavras...

Titãs
Composição: Marcelo Fromer / Sérgio Britto

Palavras não são más
Palavras não são quentes
Palavras são iguais
Sendo diferentes
Palavras não são frias
Palavras não são boas
Os números pra os dias
E os nomes pra as pessoas
Palavra eu preciso
Preciso com urgência
Palavras que se usem
em caso de emergência
Dizer o que se sente
Cumprir uma sentença
Palavras que se diz
Se diz e não se pensa
Palavras não têm cor
Palavras não têm culpa
Palavras de amor
Pra pedir desculpas
Palavras doentias
Páginas rasgadas
Palavras não se curam
Certas ou erradas
Palavras são sombras
As sombras viram jogos
Palavras pra brincar
Brinquedos quebram logo
Palavras pra esquecer
Versos que repito
Palavras pra dizer
De novo o que foi dito
Todas as folhas em branco
Todos os livros fechados
Tudo com todas as letras
Nada de novo debaixo do sol

Colaboradores:

Toda equipe de trabalho da EMGC.
Execução:
Professores do 1º ao 5º Ano da Educação Básica e EJA
Organização e Planejamento:
Direção e Coordenação.
Outubro de 2009.